Em entrevista nesta segunda-feira, 7, Pedrinho, dono da SAF do Cruzeiro, revelou que recebeu uma proposta ousada do prefeito de Nova Lima, João Marcelo Dieguez (Cidadania): a construção de um estádio de 40 mil lugares para o clube na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo o empresário, o político ofereceu terreno e recursos para viabilizar o projeto, que animaria uma torcida há décadas sem casa própria.
A ideia, porém, não empolgou o dirigente. “Não vejo o Cruzeiro saindo do Mineirão”, afirmou Pedrinho, destacando que o estádio administrado pelo governo de Minas Gerais deve ser a “casa de todos os times” do estado.
O empresário, que também controla a rede Supermercados BH, listou três motivos para priorizar a permanência:
- Contrato até 2037: O acordo atual com o Mineirão vai até 2037, e Pedrinho quer renegociar termos financeiros para aumentar a receita do clube.
- Custo proibitivo: Construir um estádio do zero exigiria cerca de R$ 600 milhões, valor que a SAF não pretende bancar sem parcerias.
- Importância histórica: “O Mineirão é a casa do Cruzeiro. Se a gente sair, o que sobra para o estádio? O Atlético tem o MRV, o América o Independência”, argumentou.
Leia também: Cruzeiro: Gabigol recebe proposta ousada de outro time nesta segunda
A crítica principal é à gestão atual do estádio, que prioriza eventos não esportivos (como shows) em detrimento do futebol. “A atividade-fim do Mineirão é o futebol, não os eventos”, reforçou.
A proposta de Nova Lima dividiu os cruzeirenses. Nas redes sociais, alguns comemoraram a possibilidade de um estádio 100% celeste, enquanto outros temem que a mudança isole o clube da capital.
Leia também: Pedrinho pede “desculpas” à torcida do Cruzeiro por contratações (Gabigol?)
Desde que o Atlético-MG inaugurou o MRV Arena em 2023, a pressão por estádios próprios aumentou entre os clubes mineiros. A lógica é simples: controle total sobre receitas de bilheteria, naming rights e eventos.
Clique aqui para entrar no grupo de whatsapp e saber tudo de MG, antes de todo mundo.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.