Atlético impôs R$ 62 milhões por Guilherme Arana para afastar o Vasco

O Atlético segue em modo “gestão de ativo” e não tem a menor pressa de negociar Guilherme Arana. Em meio ao interesse de clubes brasileiros, como o Vasco, a diretoria alvinegra impôs um preço “de prêmio” para blindar seu lateral: € 10 milhões (cerca de R$ 62 milhões). A cifra é um sinal claro: o Galo só abre negociação em um patamar que compense a perda técnica e o risco de reforçar um concorrente. Arana não é apenas um jogador; ele é um pilar da equipe, com contrato blindado até dezembro de 2027.

O Preço “Anti-Rival”: Por que a Pedida é Tão Alta por Guilherme Arana?

O valor de mercado de Arana no Transfermarkt é de € 8 milhões (R$ 50 milhões). Ao pedir € 10 milhões, o Atlético está exigindo um prêmio de, no mínimo, R$ 12 milhões para iniciar a conversa. A postura se justifica por dois fatores:

1. Blindagem Técnica: Arana é o “motor” do lado esquerdo, peça-chave no esquema de Sampaoli. O clube não pode abrir mão dele facilmente em meio à reta final da Sul-Americana e do Brasileirão.
2. Repasse ao Sevilla: O Atlético precisa se proteger. Em um negócio de € 10 milhões, o clube ainda teria que repassar cerca de 10% ao Sevilla (ex-clube de Arana) e pagar 5% do Mecanismo de Solidariedade da FIFA. Na prática, o Galo só veria cerca de R$ 53 milhões líquidos no caixa, o que torna a pedida de € 10 milhões o valor mínimo para o negócio sequer ser considerado.

O Contraste Financeiro: Salário Alto e Vínculo Longo no Atlético

O Atlético banca Arana com um salário de estrela: cerca de R$ 680 mil a R$ 700 mil por mês. Esse é um patamar alto, que exige do Vasco e de outros interessados um esforço financeiro considerável, além da taxa de transferência. O fato de o contrato ir até 2027 é o maior trunfo do Atlético:

• Não há pressa.
• Não há risco de perder o jogador de graça em 2026.
• A negociação só será feita nos termos do Galo, seja por venda em definitivo ou por bônus.

Análise: O Ativo Inegociável (a Não Ser que a Premier League Pague)

A “novela Arana” no mercado doméstico é um jogo de paciência. O Atlético não está ativo no balcão de vendas. O clube está focado em obter resultados esportivos e só liberará o jogador se a proposta for “irrecusável” – o que, no caso de Arana, tende a vir do mercado europeu (Rússia/Inglaterra), e não do Brasil. O Galo está no controle: o lateral que vale € 8 milhões na planilha só sai por € 10 milhões fixos, bônus e um projeto que compense a perda técnica do time. É o preço de um pilar que o clube não quer perder.