Cruzeiro vê Gabigol falar em “missão cumprida”; Pedrinho BH marca reunião de R$ 36 milhões

O Cruzeiro confirmou a vaga na Libertadores de 2026, mas o futuro de Gabigol virou o principal dilema da SAF. O atacante usou as redes sociais para declarar “Missão dada, missão cumprida”, mas logo depois cobrou a diretoria publicamente: ele quer mais minutos e protagonismo em 2026. A resposta do clube veio em forma de convocação: uma reunião de cúpula marcada para dezembro para definir o papel do camisa 9 no time de Leonardo Jardim.

O “Preço” do Protagonismo: A Conta de R$ 36 Milhões/Ano

O pano de fundo da reunião é financeiro. O “Pacote Gabigol” é um dos maiores investimentos do clube:

• Custo Anual: O jogador tem um custo total na casa dos R$ 36 milhões por ano (cerca de R$ 3 milhões por mês, somando salário, luvas e imagem).
• Contrato: Vínculo longo até dezembro de 2028.

O atacante (que tem 13 gols em 43 jogos, vice-artilheiro do time) sente que entrega números expressivos quando joga e, por isso, cobra uma função que vá além da de “reserva de luxo” de Kaio Jorge.

O Dilema de Jardim no Cruzeiro: Kaio Jorge vs. Gabigol

O problema no Cruzeiro é de hierarquia. O técnico Leonardo Jardim consolidou Kaio Jorge como titular em 2025, relegando Gabigol ao papel de “arma para o segundo tempo”. O camisa 9 quer ouvir de Jardim como o clube pretende encaixar dois atacantes de altíssimo nível e custo na mesma estrutura. “É claro que haverá essa conversa em dezembro. Sempre procuro ter mais minutos. Se forem ver os meus números dentro de campo, são números expressivos. Tenho buscado meu espaço, claro que às vezes não tenho tido esses minutos. Em dezembro a gente vai conversar com o clube, com o treinador, como a gente sempre faz”, disse Gabigol ontem, após goleada contra o Corinthians. A declaração de Pedrinho BH é um trunfo para a Raposa: ele mudou o tom de “depende dele” para “esperamos que ele fique por muito tempo”, posicionando a SAF como totalmente interessada na continuidade.

Análise: A Reunião que Define o Mercado

A reunião de dezembro será decisiva. Não é apenas uma conversa; é um ato que definirá a estratégia de mercado do Cruzeiro para 2026. Se o clube conseguir redesenhar o papel de Gabigol, garantindo-lhe protagonismo e minutos em campo (talvez revezando com Kaio ou atuando ao lado dele), a Raposa mantém seu elenco de estrelas. Se a diretoria não conseguir convencer o camisa 9, o Cruzeiro terá que abrir espaço para uma grande transferência, correndo o risco de ver um ativo de R$ 36 milhões/ano ir para o exterior (MLS, Arábia) ou para um rival. O Cruzeiro precisa de Gabigol para a Libertadores. E a resposta sobre se ele fica ou sai está na ponta da língua do próprio jogador e na prancheta do técnico.