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O Cruzeiro tem um problema de R$ 40 milhões no banco de reservas. O volante Walace, uma das contratações mais caras da SAF de Pedrinho, tornou-se a “última opção” para o técnico Leonardo Jardim, que admitiu publicamente que a falta de minutos se deve a uma incompatibilidade de estilo, e não de qualidade.
Essa decisão tática criou uma “sinuca de bico” para a diretoria: o que fazer com um ativo tão caro e com contrato tão longo (até 2028)? A resposta, ao que tudo indica, pode vir de Porto Alegre, onde o Grêmio monitora atentamente a situação para tentar repatriar o jogador.
O problema de Walace no Cruzeiro não é técnico, é filosófico. Leonardo Jardim tem priorizado volantes mais móveis, agressivos na pressão alta e que se infiltram no ataque. Walace é um “camisa 5” clássico: um jogador posicional, forte na marcação à frente da zaga e com bom passe curto, mas menos dinâmico.
O técnico, ao preterir o jogador mais caro do setor por questões de característica, envia um recado claro de que o sistema é mais importante que o investimento individual.
Este será pode ser o segundo jogador que a Raposa envia para o Grêmio, já que há duas semanas fechou um acordo para uma venda definitiva de Marlon.
Manter um jogador de R$ 40 milhões no banco é um luxo que nenhum clube brasileiro pode sustentar. O Cruzeiro se vê em uma posição de negociação frágil:
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O Grêmio, sabendo disso, age como um “predador” de mercado. O Tricolor já havia tentado um empréstimo em 2025 e agora vê a oportunidade perfeita de conseguir o jogador por um custo muito baixo.
Uma venda definitiva é improvável. Nenhum clube brasileiro pagará os € 6 milhões (R$ 40 milhões) que o Cruzeiro investiu em um jogador que é reserva. Portanto, o caminho mais lógico para o negócio (com 45% de chance) é um empréstimo com opção de compra.
Neste modelo:
A situação de Walace é o exemplo clássico de uma falha de alinhamento entre a diretoria (que investiu) e a comissão técnica (que não utiliza). A decisão de Jardim de preteri-lo criou um problema de gestão que Pedrinho BH terá de resolver. O Grêmio, de forma inteligente, apenas espera o momento certo para capitalizar sobre o ativo caro que o rival não sabe (ou não quer) usar.