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O Cruzeiro vive dias de tensão e questionamentos. Depois de injetar mais de R$ 250 milhões em reforços e estrutura, o time não consegue engrenar no Campeonato Brasileiro e acumula desempenhos abaixo do esperado.
A situação se agravou após a polêmica entrevista de Pedrinho, que repercutiu em todo o Brasil. O jornalista PVC comparou Pedro Lourenço e seu processo de aprendizado ao que Rubens Menin enfrentou no Atlético.
Em participação no programa De Primeira, do UOL Esporte, PVC foi direto: “Pedro Lourenço precisa passar por um curso intensivo de como ser presidente de um clube, como Menin precisou no Atlético”.
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A provocação veio após o Cruzeiro vencer apenas um dos últimos seis jogos – e ainda assim, de forma sofrida, contra o Mirassol, com um pênalti defendido por Cássio. Para o comentarista, o caminho será árduo. “Será preciso muito trabalho fora e dentro de campo para manter a equipe focada”, afirmou, destacando que a motivação dos jogadores será crucial para reverter o cenário.
Mas a crítica mais contundente veio quando PVC abordou a gestão de vestiário:
“Entrar no vestiário é uma arte”, disse. “O jogador é um artista, e é preciso saber se comunicar com ele dentro da arte que ele é capaz de produzir. Quando você começa a dar broncas públicas, você descompromete o jogador em relação aos seus chefes diretos.” O recado parece claro: a forma como a diretoria lida com os atletas pode definir o sucesso ou fracasso da temporada.
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A comparação com Rubens Menin não foi à toa. O empresário, à frente do Atlético, também enfrentou um período de adaptação antes de consolidar o clube como potência nacional. A diferença é que, no caso do Galo, os resultados vieram com planejamento e paciência. Já o Cruzeiro, pressionado pela torcida e pela grandeza de seu investimento, não tem o mesmo luxo de tempo.
Por que isso importa? Porque o futebol moderno exige mais do que dinheiro. Exige gestão, comunicação e psicologia. Se Pedro Lourenço não absorver essas lições rapidamente, o risco é ver um dos maiores orçamentos do Brasileirão se transformar em mais um caso de promessa não cumprida.