Flautas, cavaquinhos, bandolins e um pandeiro marcando o ritmo. Com mais de 150 anos de história, o Chorinho, considerado o primeiro gênero de música popular urbana do Brasil, está vivendo um renascimento notável. Longe de ser apenas “música de antigamente”, o choro tem atraído uma nova geração de músicos e ouvintes, que se reúnem em bares, praças e centros culturais para celebrar sua riqueza melódica e complexidade rítmica.
Nascido no Rio de Janeiro por volta de 1870, o choro é uma fusão de influências europeias, como a polca, com ritmos afro-brasileiros. Mestres como Pixinguinha, Jacob do Bandolim e Waldir Azevedo criaram clássicos imortais que são a base do repertório até hoje. Mas por que essa redescoberta agora?
- Busca por autenticidade: Em um mundo de música eletrônica e produções digitais, o virtuosismo e a performance ao vivo do choro oferecem uma experiência autêntica e visceral.
- Comunidade e interação: As rodas de choro são espaços democráticos de encontro. Músicos de diferentes níveis se juntam para tocar, aprender e compartilhar. É uma celebração coletiva da música.
- Desafio técnico: Para os estudantes de música, tocar choro é uma verdadeira escola. O gênero exige grande habilidade técnica e capacidade de improviso, atraindo jovens músicos que buscam aprimoramento.
Onde encontrar rodas de choro:
- Rio de Janeiro: O berço do choro continua sendo o melhor lugar para ouvi-lo. A Rua do Ouvidor, aos sábados, e os bares da Lapa são pontos de encontro tradicionais.
- São Paulo: A Praça Benedito Calixto e bares em Pinheiros e Vila Madalena costumam ter rodas de choro de alta qualidade.
- Belo Horizonte: O Clube do Choro de BH e espaços como o bar “A Autêntica” promovem encontros regulares que mantêm a chama do gênero acesa na cidade.
O chorinho prova que a boa música não envelhece. Ela se reinventa, conquista novos corações e continua sendo a trilha sonora perfeita para a alma brasileira.
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