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Você provavelmente já ouviu falar das “caixas-pretas” dos aviões, que registram dados de voo e são cruciais para investigar acidentes. Agora, uma tecnologia semelhante está prestes a se tornar obrigatória em todos os carros novos vendidos no Brasil. Trata-se do EDR (Event Data Recorder), um dispositivo que promete revolucionar a segurança no trânsito. Mas como ele funciona e o que isso significa para os motoristas?
Previsto para se tornar item de série em novos projetos de veículos a partir de 2026 e em todos os carros vendidos a partir de 2028, o EDR não é uma câmera que filma o motorista. Ele é um pequeno módulo eletrônico que grava, nos segundos imediatamente anteriores e posteriores a uma colisão, uma série de dados técnicos do veículo.
Quais dados ele grava?
Para que servem esses dados? O objetivo principal é a segurança. Ao analisar essas informações, engenheiros podem entender melhor como os veículos e seus sistemas de segurança (freios ABS, airbags, controle de estabilidade) se comportam em acidentes reais, levando a melhorias e carros mais seguros no futuro. Além disso, as autoridades de trânsito e as seguradoras poderão usar os dados para determinar com mais precisão as causas e responsabilidades em uma colisão, reduzindo disputas judiciais.
E a privacidade? Esta é a grande preocupação de muitos motoristas. A legislação que regulamenta o EDR garante que os dados pertencem ao proprietário do veículo e só podem ser acessados por terceiros com autorização judicial ou do próprio dono. O dispositivo não grava conversas nem imagens, focando estritamente em dados operacionais do carro.
A chegada do “caixa-preta” automotivo é um passo sem volta em direção a um trânsito mais inteligente e seguro, onde a tecnologia trabalha para proteger vidas.