Ex-dono da SAF do Cruzeiro, Ronaldo revelou em uma conversa que ficou decepcionado ao saber que o clube recebia um valor muito baixo da Globo Minas para que a emissora pudesse transmitir o Campeonato Mineiro.
Segundo ele, até o ano passado eram R$ 4 milhões anuais da TV Globo Minas pelos direitos de transmissão do Campeonato Mineiro. “Para um clube do tamanho do Cruzeiro, isso não é dinheiro”, disparou, durante entrevista recente. O valor, segundo ele, é tão baixo que chegou a considerar migrar as transmissões para o YouTube do clube.
A declaração ressalta uma crise silenciosa: os estaduais, outrora vitrines do futebol regional, hoje geram receitas irrisórias para a maioria dos times. “Se eu fosse presidente da CBF, a confederação assumiria o controle das competições, garantindo premiações justas”, afirmou Ronaldo, que iria concorrer ao cargo em 2025.
Por causa do baixo valor ele chegou a cogitar transmitir as partidas no canal do Youtube do Cruzeiro para fortalecer o canal ante ao baixo investimento da Globo Minas no torneio. Segundo ele, somente os times do Rio de Janeiro e São Paulo recebem um bom valor pelos estaduais. O tema sempre reacende polêmicas em Minas Gerais e outros estados.
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Cruzeiro no Brasileirão
Já pelo Brasileirão, onde o Cruzeiro negociou junto da Liga União Forte,os clubes vão ganhar mais de R$ 1,5 bilhão por ano, divididos da seguinte forma:
Os números da Liga, que reúne 11 times na Série A de 2025 (incluindo Cruzeiro, Corinthians e Vasco), mostram a disparidade:
- Globo: R$ 850 milhões/ano
- Amazon: R$ 265 milhões/ano
- Record: R$ 200 milhões/ano
- YouTube: R$ 175 milhões/ano
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Como será feita a divisão?
- 45%: divididos igualmente entre os 11 clubes
- 30%: distribuídos por desempenho no Brasileirão
- 25%: rateados conforme audiência gerada
Ou seja: times como Fluminense e Internacional, com maior apelo nacional, tendem a engordar seus caixas. Já o Cruzeiro, que hoje depende de um Campeonato Mineiro subvalorizado, precisará correr atrás de torcedores nas transmissões.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.