A pergunta “quanto ganha um repórter da Globo Minas ou da Record Minas?” surge com frequência nas buscas do Google, e a resposta é tão variada quanto as reportagens exibidas no telejornalismo mineiro. Na prática, os valores dependem de experiência, formação e até do tipo de cobertura — mas um dado é certo: a carreira exige dedicação diária para chegar aos salários mais altos.
Enquanto um jornalista iniciante recebe entre R$ 4 mil e R$ 5 mil em ambas as emissoras, enquanto os jornalistas com mais tempo de casa e experiência podem chegar a receber por volta dos R$ 8 mil.
Quem trabalha há mais tempo e tem mais experiência, costuma ver seus salários chegarem a valores na casa dos R$ 10 mil, mas isso vem ficando cada vez mais raro, já que as TVs, como Globo Minas e Record Minas, estão buscando baratear seus custos de operação e nomes muito caros são dispensados com mais frequência.
Leia também: Record Minas é intimida pela Justiça a recontratar demitido
Correspondentes ganham mais

Reprodução – Globo Minas
O sonho de muitos repórteres é virar correspondente, e o salário explica por quê. Ismar Madeira, ex-Globo Minas e atual correspondente da emissora nos EUA, é um exemplo: ele recebe entre USS 15 a USD 20 mil.
O valor que inclui benefícios como moradia e deslocamentos. “É uma posição que exige domínio de idiomas, adaptação cultural e capacidade de traduzir crises globais para o público brasileiro”, explica uma fonte do mercado.
Para chegar lá, porém, o caminho é longo. Correspondentes geralmente passam por coberturas nacionais de alto impacto, como eleições ou desastres ambientais, antes de serem enviados ao exterior.
Globo e Record do Rio e São Paulo pagam mais
A disparidade salarial entre Belo Horizonte e as sedes do RJ (Globo) e SP (Record) é notável. Um repórter sênior em São Paulo pode receber até 30% a mais que um colega em BH, mesmo com funções similares. O motivo? Custo de vida elevado e complexidade de pautas em megalópoles, como coberturas de bolsa de valores ou operações policiais em favelas.
Além disso, áreas especializadas garantem ganhos extras. Coberturas de economia ou investigação (que exigem fontes sigilosas e risco) e esportes de elite (como F1 ou transmissões internacionais de futebol) costumam ter verbas específicas para deslocamentos e diárias.
Bônus em alguns canais
Os salários altos contrastam com a realidade de muitos profissionais do setor. Segundo o Sindicato dos Jornalistas de MG, 40% da categoria no estado ganham até 2 salários mínimos (R$ 2.824 em 2024). A migração para o digital — com plataformas como YouTube e TikTok — tem pressionado as emissoras a reduzirem custos, priorizando contratos temporários.
Enquanto isso, a exposição nas redes sociais virou moeda de troca: repórteres que viralizam com matérias criativas conseguem bônus por engajamento, um incentivo novo em um mercado tradicionalmente conservador.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.