São Thomé das Letras: o guia para encontrar a magia da cidade (e fugir da muvuca)

Construída sobre uma montanha de quartzito no sul de Minas, São Thomé das Letras é uma cidade que vive entre o real e o mágico. Famosa por suas histórias de duendes, OVNIs e portais para outras dimensões, ela atrai turistas em busca de energia, natureza e um estilo de vida alternativo. No entanto, sua popularidade, especialmente em feriados, pode transformar a experiência mística em um desafio.

Como aproveitar o melhor de São Thomé sem estresse?

Escolha a data certa: Se puder, evite feriados prolongados e o período de férias escolares. Visitar a cidade durante a semana ou em um fim de semana comum proporciona uma experiência completamente diferente, muito mais calma e autêntica.

Explore além do óbvio: A maioria dos turistas se concentra no centrinho e nas atrações mais famosas, como a Pirâmide e a Pedra da Bruxa. Elas são imperdíveis para ver o pôr do sol, mas a verdadeira magia de São Thomé está em suas mais de 30 cachoeiras.

• Fuja do Vale das Borboletas: Embora linda, é a mais cheia. Explore cachoeiras do complexo de Sobradinho, como a Cachoeira da Eubiose, ou procure pela Cachoeira Antares, que exige uma trilha mais longa, mas recompensa com uma queda d’água espetacular e praticamente deserta.
• Conheça o “outro lado” da cidade: A maioria dos turistas não explora a Garganta do Diabo ou a Gruta do Carimbado. Contratar um guia local para um passeio de 4×4 pode te levar a lugares incríveis e pouco visitados.

Dicas de sobrevivência:

• Leve dinheiro em espécie: Embora o PIX seja aceito, o sinal de internet na cidade é instável, e muitos lugares menores só aceitam dinheiro.
• Hospedagem: O centrinho é barulhento à noite. Para mais sossego, procure pousadas nos bairros mais afastados ou na estrada que leva à cidade.
• Respeite a cultura local: São Thomé é uma cidade pequena com moradores que têm seu próprio ritmo. Seja um turista consciente, não deixe lixo nas trilhas e respeite a atmosfera mística do lugar.

São Thomé das Letras continua sendo um portal, não para Machu Picchu, mas para uma conexão profunda com a natureza e com um Brasil mais simples e misterioso.